Não compre Adenium..............

A beleza do Adenium não está somente nas flores. O caudex é simplesmente fantástico!


Quanto mais formado, ele torna-se mais bonito.



E como deixá-lo assim?

Existem passos e passos que venho repassando aos amigos desde a semeadura, observando as plântulas germinarem, mantendo o substrato úmido, depois as mudinhas crescendo, a troca de substratos, a poda das raízes, a poda do ápice da planta e a poda da poda. Quanto mais ele é podado, mais bonito ele vai ficar. Galhos são formados e a possibilidade de flores surgirem para todos os lados é bem maior. Fazendo desta maneira você terá só alegrias.



O título deste texto é: Não compre Adenium.....

Mas por quê? Observe que coloquei uns pontinhos, isto para manter um certo suspense. Compre Adenium sim, plantado de sementes.

Como saber se aquele que estou comprando foi semeado?

Fácil, muito fácil. Aquele galho que foi podado pode ser plantado e pegado. Tenho alguns assim, mas estes jamais venderia porque causaria uma frustação ao meu cliente. Explico, este galho não formará o caudex, essa barriguinha linda característica do Adenium. Ele plantado de estaca fica aquele estirão, reto, que nem um cabo de vassoura.


As folhas nascem, ficam verdinhas, mas o caudex nada, vejam as fotos abaixo. Cá entre nós, não é horroroso!


Então muito cuidado, Adenium só de semeadura! A procedência da compra também deve ser levada em conta.



Vera Coelho

veracoelhov@gmail.com

Stand de Vendas de Adenium

Durante o II FestOrquídeas, realizado em Fortaleza nos dias 14, 15 e 16 de novembro de 2008, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, montamos pela primeira vez um stand de vendas de Adenium, cactos, suculentas, hoya e outras plantas de nossa produção. Posso garantir que foi muito aceito pelo público e um sucesso de vendas.

Levamos mudinha de Adenium de no máximo 10 cm, já da nossa produção e alguns vasos de mudas já adultas. Juliana e Edneuda ficaram revezando, de modo que além da beleza das plantas, tinha o carisma e a simpatia das duas jovens. Fiquei impressionada com a saída de cactos e suculentas, principalmente pelas crianças. Difícil uma chegar perto da mesa e não pedir uma ao pai ou mãe para comprar. Isto prova que a criança foi educada para respeitar os espinhudos.

Outras plantas chamaram a atenção dos visitantes, como a Agapantho, a helicônia, begônia, hortência, nove-hora (graúda), que estavam esbanjando beleza.

Quem encantou e acabou logo foi a Hoya, mais conhecida por Flor de Cera. Ela parece de "plástico" como muitos chegavam ali e diziam: é de verdade? Na verdade ela parece de biscuit. A flor de cera é pouco encontrada nas floriculturas de Fortaleza. Esta eu ganhei uma mudinha de uma amiga de São Paulo e cada poda faço muitas cestinhas. É planta trepadeira, adapta-se facilmente ao nosso clima e à noite exala um delicioso perfume.

Assim foi nossa primeira experiência com vendas no ramo de floricultura diretamente com o público. Confesso que passamos no teste. rsrsrsrs

Não existe algo mais prazeroso que se trabalhar com flores e ainda saber que aquilo que produzimos tornou-se agradável aos olhos de tantas pessoas.

Até a próxima, se Deus quiser!

Vera Coelho

veracoelhov@gmail.com

Adenium no nosso caminho!

Neste final de semana, 06 de setembro, fomos à exposição de orquídeas em Natal. Chegando lá, uma grata surpresa, não tinha somente orquídeas para se vê e comprar, muitos Adenium obesum se exibiam em formas e cores.







Difícil era elegê-lo o mais bonito! Os preços estavam em conta, girando em torno de R$ 30,00 a R$ 150,00. Os mais antigos foram vendidos logo! Pena que meu carro não cabia mais um seddling.






Na tarde de sábado um curso de bonsai foi ministrado e como se sabe, o Adenium é uma das plantas preferidas para este fim. Infelizmente não pude assistir, por culpa dos amigos que chegavam de longe e me procuravam para um abraço.







Alguns já estavam peladinhos e algumas pessoas não entendiam daqueles estarem ali para venda. O vendedor explicou que aqueles carequinhas perderam as folhas para florescer. Sabia desse detalhe, mas fiquei calada ouvindo, como boa e comportada aluna, os ensinamentos do mestre.





Mais explicações ele repassava: quando se quer ter um caudex diferente, com as raizes à mostra, basta dá uma levantadinha. Este aqui, apontando para um, já foi levantado três vezes e mostrando para cicatriz que o caudex apresentava.





Encontramos um amigo, que nos sequestrou para sua casa. A idéia era mostrar suas orquídeas. Chegando lá, dei de cara com um Adenium belíssimo na entrada e já fui gostando. Não resisti e tirei uma foto. Este Adenium estava com duas vagens de sementes, cujas flores foram polinizadas pelos pássaros, coisa que não falta por lá. Por todo o jardim, Cassiano espalha frutas e ração para que eles se aproximem e tenham uma mesa farta! Em compensação é recompensado com o canto de cada espécie e ainda responsável pela polinização das flores. É sortudo demais!

É sofrendo que fica bonito!

Seis meses se passaram desde a semeadura. Os Adenium sairam da bandeja coletiva, foram para vasos com 3 mudas. Nesta fase, onde o crescimente atinge cerca de 8 cm e as raízes estão fortes e as folhas bem formadas, é hora de sofrer uma poda na raíze principal e no ápice da planta. Por que isto, se agora que eles estão mais bonitos?






Justamente para fortalecer o caudex, adquirir galhos e começar a florescer. Recomenda-se, inclusive, a poda dos novos galhos. Isto mesmo, quando este galhinhos estão surgindo, poda-se para que o Adenium fique incorpado, aí sim, a floração será compacta e abundante.










O Adenium da foto é da amiga Apolonia, Alta Floresta-MT. Com menos de seis meses, a "dedo verde", como é conhecida, conseguiu fazer um Adenium obesum florescer, graças ao seu cultivo excepcional. Algum segredo? Não, só muita dedicação.

Vera Coelho

Um passeio pela natureza!

Manhã de domingo, último dia de agosto de 2008, saimos para um passeio no sítio de um amigo, Engenheiro Agrônomo e produtor de cactos, adenium e muitas plantas. A mata ora se apresentava fechada, dificultando nossa entrada. Carrapichos pregavam nas calças e buracos nos surpreendiam. Por duas vezes quase caí nestas armadilhas que o Waldir considera normais.

Éramos cinco orquidófilos a conceder uma entrevista para um canal de televisão e enquanto a equipe não chegava, invadimos o sítio para conhecer as inúmeras plantas que tem. Os cactos centenários me chamaram mais atenção. Os meus tão pequenos, mais parecem seus filhotes! Palmeiras, cravos, bromélias, orquídeas, todos de encher os olhos e pararmos para fotos.
Visitamos as várias estufas e cada uma apresentava um encanto diferente.
Quando encontramos os Adenium paramos e corremos para ver de perto, nem lembramos mais dos carrapichos. Estes devem ter perto de 10 anos, bastante floridos e como disse, no meio do mato. Confesso que meu cultivo é diferente, área totalmente limpa e fácil de penetrar. Na minha opinião de leiga o mato pode trazer pragas para toda planta, mas parece que meu amigo não estava nem pouco preocupado. Depois de vermos praticamente todas as estufas, vimos o caseiro, Sr. Francisco, nos dar uma aula de como carbonizar a palha do arroz. Mas esta eu prometo postar no outro blog: http://orquidarioterradaluz.blogspot.com












Chegou a reportagem, corremos para receber a equipe, que já chegou atrasada. O papo rolou agora em cima das orquídeas, afinal, foi por este motivo que estávamos lá. Muito simpático o repórter, começou a entrevista por mim. E já fui logo dizendo: não gosto de falar muito, meu negócio é escrever, mas por insistência, acabei falando mais do que o necessário. A Juliana também se garantiu, apesar de ter só um ano na Orquidofilia. Espedito mais didático deu uma aula com muita segurança. Fernando, queria escapar, mas fiz com que falasse do seu cultivo. Já o Waldir fugiu pela tangente, justo ele que sempre gostou de dar aulas. Vai entender!
Já passavam das 10:30h quando me lembrei que tinha para mais de 200 Adenium para serem transplantados e saimos de lá voando para o Terra da Luz

Prevenir é melhor que remediar!

Adenium é um gênero da família Apocynaceae, que inclui o Pachypodium e a Plumeria,entre outros. É muito comum ser atacado por certas pragas, como as chochonilhas, tatuzinhos, pulgões, tripes, etc. O Engenheiro Agrônomo Roberto Jun Takane, nos alerta sobre elas e dá preciosas dicas.

COCHONILHAS - são insetos sugadores que se reproduzem rapidamentem e prejudicam o desenvolvimento da planta, podendo levá-la à morte. Os sintomas variam de acordo com a espécie: algumas são dotadas de forte carapaça e muito resistente aos inseticidas; outras formam colônias de aspecto lanoso ou massas brancas, nas quais machos e fêmeas encontram-se protegidos por secreções cerosas, formando fios; e agumas formam carreiras paralelas, de coloração escura, junto à nervura central da flor.
O combate é feito com óleo mineral ou óleo neem (Azaadiractha indica), numa proporção de 1 gota por litro. Outra dica é o uso de 50g de sabão de coco para 5 litros de água, dissolvidos em fogo e aplicados já frio. Ou se preferir, use 50% de álcool para 50% de água e retire com cotonete um a um.

PULGÕES - são também insetos sugadores capazes de se multiplicarem rapidamente, causando sérios prejuizos à planta. Sintomas: amarelamento, descoloração, enrugamento e enrolamento das folhas, danificando o desenvolvimento das flores.
Pode ser controlado com as receitas acima ou com óleo de citronela-de-java (Cimbopogom nardus), numa proporção de 1 gota por litro. Outra alternativa é plantar citronela em áreas próximas ao plantio.

TATUZINHOS - são crustáceos, do mesmo grupo dos camarões, lagosta e carangueijos e se dispersam facilmente. Geralmente vem na terra ou no adubo orgânico e se apresentam enrolados. A erradicação pode ser com 50% de álcool para 50% de água, borrifando sobre a planta e terra, pelo menos uma vez por semana. Outra dica é usar detergente neutro ou de coco (uma colher de sopa) para 5 litros de água, pulverizando por toda a planta. Iscas de chuchu durante à noite ao redor do vaso são excelentes para catar estes bichinhos manualmente no dia seguinte. Esta dica também é recomendada para o ataque de lesmas caracóis.

TRIPES - São pequenos insetos voadores que provocam grande prejuízo às plantas, porque atacam as flores, causando a sua descoloração e deformação. O ataque geralmente ocorre nas bordas das pétalas das flores. Os tripes são insetos fitófagos, se alimentando da seiva da planta. Possuem o aparelho bucal do tipo picador-sugador. Eles entram nas flores quando ainda estão novas, fechadas e raspam as flores, causando grande prejuízo e depreciação na aparência das mesmas. Seu controle natural pode ser feito com aplicação de óleo de Neem (Azadiractha indica) a 1%, ou seja uma gota por litro de água.

Somente em casos extremos deve-se usar produtos químicos com orientação de um Eng. Agrônomo, e o operador não pode dispensar os EPI´s (Equipamentos de Proteção Individual), para evitar intoxicações.

Bonsai de Adenium

Passaremos a aprender a técnica básica de bonsai, uma cultura milenar chinesa surgida antes do Século VIII, com o objetivo de contemplar a natureza de perto através de árvores em miniaturas, plantadas em pedra ou em bandejas.

O significado do nome bonsai surgiu exatamente do seu cultivo, onde bon=bandeja e sai=cultivo.
Embora o nome bonsai seja de origem japonesa, na China tem o nome de “Penjing”, ou seja, panorama de bacia ou ainda, paisagem (jing).

Poda das raízes
Para que uma árvore seja apreciada em pequena proporção é necessário a poda das raízes, uma das características principais na técnica do bonsai.
Ao tomar uma planta que deseja trabalhar, poda-se inicialmente com muito cuidado as raízes centrais, penteando-as primeiro. Ter o cuidado de deixar as raízes laterais intactas, principalmente as mais grossas. Só podar ligeiramente se a planta não couber no vaso.
Para que a poda seja bem sucedida, é preciso esterilizar as ferramentas com água sanitária ou levadas ao fogo.

Poda aérea
Outra técnica usada na cultura do bonsai é a poda aérea, que consiste em cortar os galhos considerados indesejáveis, ficando somente os “importantes” para se fazer a triangulação. Estes galhos poderão ser trabalhados com arames ou pesos, método bastante usado pelos chineses. A amarração tem por finalidade dar moldes aos galhos, estabelecendo direção. Os arames utilizados devem ser de cobre ou de alumínio.

O vaso
O vaso deve ser o menor possível, mas o suficiente para manter com estilo a árvore escolhida. Não importa a forma, podendo ser redondos, quadrados ou retangulares,
Aramação
A aramação ou amarração como já falamos acima, é uma técnica para moldar o galho da forma que desejamos. O arame não deve ser tão grosso, o suficiente para moldarmos na forma que queremos, tendo o cuidado para não estrangurá-lo. O arame de alumínio tem a vantagem de não oxidar, não prejudicando a saúde do bonsai. E a permanência do arame no galho deve ser de no mínimo seis meses, retirando-o cuidadosamente.

Modelos de aramação:

Misho é o método de cultivo de bonsai a partir de sementes. Esta técnica consiste em trabalhar a planta a partir da semente, observando o surgimento da plântula, do broto, das folhas e galhos. É um processo demorado, mas muito prazeroso.
Ao preparar a sementeira escolha uma bandeja ou vaso com 15 cm de profundidade com orifícios no fundo. Recomenda-se tapar os orifícios com tela de náilon para evitar a saída da terra e melhorar a drenagem. Cubra com pedrinhas e em seguida com o substrato. Coloque as sementes com espaçamento de 4 cm de uma para outra e cubra com uma fina camada de terra. Feito isto regue.
Yamadori
São chamadas de Yamadori as mudas colhidas diretamente da natureza. Esta técnica requer menos tempo para se obter resultados positivos. A primavera é a época mais propícia para colher a planta, ou então no início do verão, quando os brotos estão sendo lançados. Ao retirar a planta ter cuidado para não danificar as raízes, devendo vir com um pouco de torrão.

Tsugiki
Quando se deseja preservar um espécie de boa qualidade, rara, usa-se o método da enxertia. Duas plantas serão envolvidas, a planta que servirá de “cavalo”, que deve ser a de boa qualidade ou pura e uma outra que se deseja enxertar. Com um corte angular na base do tronco do “cavalo”, insira um galho “cavaleiro” na junção do corte, em seguida passe uma fita adesiva fixando bem a enxertia.

Pinçagem
Pinçagem ou beliscamento é uma técnica de bonsai onde se trabalha com as folhas, fazendo cortes seguidos nos ramos finos da planta, cortando as folhas novas, assim aumenta a quantidade de folhas num Bonsai.

O Solo deve conter 60% de areia grossa, 30% de terra granulada e 10% de húmus (minhoca) ou esterco de galinha.

Uma manhã de sol só fará bem ao bonsai, fortalecendo sua planta.

A adubação deve ser preferencialmente de 50% de torta de mamona e 50% de farinha de osso. Em vasos pequenos usar duas colheres de chá da mistura e em vasos maiores, três colheres.

Rosa do Deserto

Eu vi a rosa do deserto

ainda de estrela orvalhada:

era a alvorada.

Por mais que parecesse perto,

não vinha daqueles lugaresde céus e mares.

Os aéreos muros do dia

punham diamanrtes na paisagem:

clara miragem:

E a voz dos profetas batia

contra imensas portas de vento

seu chamamento.

Reis-touros e deusas-hienas

brandiam seus perfis de outrora

à ardente aurora.

Trágicas e divinas cenas

Ali jaziam soterradas,

sem madrugadas.

Eu vi a rosa do deserto:

a exata rosa, a ígnea medida

da humana vida.

Eu vi o mundo recoberto

pela manhã de claridade

da incandescente eternidade.

Cecília Meireles

Enxertia de Adenium

Vamos passar para vocês a técnica de enxertia usada praticamente em todas as plantas. No Adenium não será diferente. Precisaremos de uma faca ou canivete afiado.

A melhor época para enxertia é o período de estiagem, quando as chuvas já se foram. Importante também o uso de luvas e esterilização dos instrumentos com hipoclorito de sódio.

Inicialmente faça uma poda no Adenium que deseja ser enxertado, este será chamado de "cavalo". Na parte cortada faça um corte em forma de V (vazado). Tome dois pedaços de outro Adenium de cor diferente e dê um corte em forma de V (cheio) na estremidade. Feito isto, encaixe dois galhinhos na cavidade do primeiro Adenium, passe canela e amarre-o firme com uma fita adesiva. Proteja a enxertia com um saco plástico transparente para dificultar a entrada de água e fungos e só retirá-lo após ter a certeza da cicatrização.

A enxertia de duas plantas diferentes vai originar flores de coloração também diferentes em galhos distintos. É esperar para ver!

Texto de Vera CoelhoFotos: Juliana Coelho

Vamos turbinar nossos Adenium?

O convite é da amiga e produtora de Adenium, Ilma Lima, de Santo Antonio de Jesus, Ba.

Ela nos ensina passo a passo da poda nas raízes e galhos para que seu Adenium não cresça num só sentido e ganhe mais forma. Vejamos o que ela diz:
"Com 100 dias, os bebes Adeniuns estão no ponto de aplicar tecnicas de bonsai, com isso iremos estimular brotações laterais e plantar no estilo MEDUSA com vários braços/galhos, um caudex largo e gordo e raízes perfeitamente trabalhadas.
A primeira coisa a fazer é remover a planta do vaso e tirar totalmente o substrato, para isso lave a planta.Depois cortamos a raiz principal deixando apenas as raízes mais finas. Passe canela em pó no corte.Agora é chegada a hora de podar o topo da planta, as folhas que ficarem, corte pela metade.No inicio elas ficam feias, mas depois de apenas 20 dias, já temos uma planta com várias brotações laterais. A poda do topo, pode ser antes dos 100 dias, o ideal é quando elas já possuem 6 pares de folhas, com uma gilete ou estilete NOVO, corte delicadamente as folhinhas que estão nascendo. A poda feita nos primeiros meses de vida, o corte some depois de algumas semanas, na ultima foto tem uma planta que não apresenta mais a cicatriz da poda." Artigo,foto e texto de Ilma Lima.

TENHA UM ADENIUM SAUDÁVEL!

"Um Adenium bem nutrido, praticamente não apresenta problemas, por isso devemos cuidar da alimentação deles, fornecendo adubos de acordo com a necessidade nutricional da planta.Adubo químico: É necessário que o adubo foliar usado seja completo, contendo todos os macronutrientes ( nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre), bem como os micronutrientes (ferro, manganês, cobre, zinco, Boro e Molibdênio). Existem vários no mercado, compre apenas o que contem macro e micronutrientes.Adubo orgânico: Um excelente adubo orgânico é o esterco de galinha, que é um adubo completo e de liberação lenta. Podemos usar a torta de mamona associada com farinha de ossos, cinza de padaria ou carvão moido e casca de arroz carbonizada. 1 colherinha de 2 em 2 meses é o suficiente.Existe um terceiro adubo, o Osmocote, que é um adubo completo. Ele não substitui os anteriores e é usado de 4 em 4 meses."

Esta recomendação é da produtora Ilma Lima, que tem intimidade com Adenium.

Caudex

O caudex é o tronco do Adenium. Para se dar uma forma bem diferente, inusitada, exótica, você pode usar de alguns artifícios, como trabalhar as raízes, fazendo tranças ou simplesmente cruzando-as. Para as raizes ficarem expostas, como se vê muito em bonsai, basta suspender a planta do substrato, deixando só as pontas das raízes em contato com ele.

O Adenium da foto tem um caudex muito interessante, dando a impressão de uma jovem senhora de pernas cruzadas. Outros já tem aparência de nádegas.

Pertence a Apolônia Grade, de Alta Floresta-MT.

A importância da poda

"Podemos começar a podar os seedlings de Adenium já com 100 dias de germinado, o tecido do caule ainda é flexivel e esta poda não deixará cicatriz.Devemos podar o ponteiro da planta e sua raíz principal, desta forma a planta soltará várias brotações laterais, deixando a planta com aspecto compacto". Ilma Lima

Esta poda fará com que seu Adenium não cresça num só sentido, assim, surgirão vários galhos e a floração será mais intensa.

Foto: Adenium arabicum

O caudex apresenta formas variadas tornando o Adenium mais bonito ainda. Quanto mais forma ele toma, mais exótico ele fica. Este meu está há três anos comigo e deve ter uns cinco anos.

Foto e cultivo: Vera Coelho

Origem

Tem como origem a África Ocidental, Áustria, Península Arábica e Ilha de Socotra.

Um belo híbrido!

Foto: Ilma Lima

O mais florífero dos Adenium é o obesum. Com suas flores maiores e abundantes, apresentam uma variação no colorido.

Foto e cultivo: Vera Coelho

Algumas espécies.

Há quem diga que só exista uma espécie de Adenium, o A. obesum e que os demais são subespécies.

Considerando que sejam espécies e não subespécies, citamos as seguintes: Adenium obesum, Adenium somalense, Adenium arabicum, Adenium swazicum, Adenium boehmianum, Adenium multiflorum, Adenium oleifolium e Adenium crispum.

Cada um tem suas particularidades e características.

O Adenium somalense, por exemplo, tem folhas compridas, finas e retorcidas.

O Adenium arabicum tem o caule e os pecíolos avermelhados. Outra característa do caudex é a consistência dura e as folhas são largas, espessas e carnudas.

Foto: Adenium arabicum.

Cultivo: Vera Coelho

Cuidados que se devem ter.

Todas as espécies de Adenium são sensíveis às temperaturas baixas e a muita água, daí recomendar uma boa drenagem no vaso para que o caudex não apodreça.

Outro cuidado que se deve ter é nas folhas. Ao se apresentarem amareladas é sinal de alguma praga, podendo ser cochonilhas. Remova-as com um cotonete com 50% de álcool e 50% de água.

Dizem que o primeiro amor a gente nunca esquece. Assim é a primeira flor. Primeiro o botão e aos poucos vai se abrindo. E quando ela desponta e mostra toda a sua beleza, é uma festa!

Uma visão para os amantes do Adenium.

Assim aconteceu comigo!

Em pouco tempo seu Adenium soltará as primeiras flores. No início bem modesta e com o passar do tempo uma bela floração.